O que é um motor de injeção direta.

01-04-2018 16:12

Há muito associada às mecânicas Diesel, a injeção direta é hoje a base de uma nova geração de motores a gasolina mais eficientes.

 

O “velhinho” carburador já foi o principal componente do sistema de alimentação do motor, gerindo a mistura ar-combustível nas proporções necessárias ao bom funcionamento da mecânica. Mas, apesar de todas as evoluções operadas ao longo dos anos naquele componente, a verdade é que o mesmo se tornou obsoleto, principalmente por não conseguir corresponder às cada vez mais restritivas normas antipoluição. A indústria voltou então as atenções para os mais modernos e eficientes sistemas de injeção indireta ou multiponto. Estes deram cartas até hoje, altura em que os evoluídos motores com injeção direta parecem assumir definitivamente o maior protagonismo.

Diferenças entre um motor de injeção direta e indireta?

O convencional sistema de injeção indireta, que equipou grande parte dos automóveis nas últimas três décadas, tem a vantagem de ser uma solução mais simples. É extremamente eficiente e apresenta níveis de fiabilidade elevadíssimos. Problema: o sistema de injeção direta tem provado ser tudo isso, oferecendo mais performance e maior eficiência energética.

A grande diferença entre ambos está, basicamente, no ponto onde ocorre a referida injeção do combustível: no esquema de injeção indireta ocorre ainda no coletor de admissão, fora do cilindro; no sistema direto, o combustível é injetado diretamente no interior da câmara de combustão, permitindo uma queima mais eficiente. E, com isso, desempenho mais convincente, com menor desperdício.

Ou seja, nos sistemas de injeção direta não há uma mistura prévia do ar e do combustível. O ar entra através dos coletores de admissão enquanto o combustível é adicionado com precisão cirúrgica pelos injetores. A posição do injetor permite uma otimização do chamado “spray” de combustível, que resulta numa combustão mais completa, gerando mais potência que nos outros sistemas de injeção para o mesmo consumo.

Os primeiros motores com injeção direta

Na década de 50 do século passado, os fabricantes de automóveis começaram a experimentar motores com injeção direta, em protótipos e veículos de competição ou em muito exclusivos e caros automóveis desportivos (o Mercedes 300 SL já utilizava o sistema…). Mas, foi a Fiat, em 1988, a primeira marca a lançar um modelo de produção em massa com motor de injeção direta a gasóleo, o Croma TDI. A Audi também reclama o pioneirismo na adoção desta técnica, mas o Audi 100 TDI só chegava aos mercados um ano mais tarde, em 1989. De qualquer forma estava lançado o mote para uma espécie de revolução na indústria.   

Qual é o melhor sistema?

Como em tudo, há desvantagens na democratização desta tecnologia. Desde logo, todas as que estão associadas à sua maior complexidade.

Um sistema de injeção direta é sempre mais custoso de produzir, mais dispendioso de manter e, tecnicamente, a sua manutenção também é mais exigente. Contudo, as vantagens são claramente mais importantes. E não se esgotam no aumento de eficiência do automóvel, com benefício para os consumos.

Fazendo a injeção diretamente no compartimento, no momento exato, na quantidade certa, evitando perdas e mantendo a qualidade da explosão da mistura, a utilização da injeção direta, seja ela de gasóleo ou de outro combustível, permite o melhor aproveitamento da energia disponível, com ganhos de potência que rondam os 5%. Por isso, para já, este parece o caminho a seguir de forma a conseguir boas prestações com baixos consumos e emissões.

 

Lojasbrasil.net

 

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