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27/27 Clara, estudante de jornalismo da faculdade de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
1/27 Pedro Costa, a mulher Fernanda e a filha, Maria Laura, no Castelo de São Jorge, Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
2/27 O centro de Porto (Caio Guatelli/VEJA)
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3/27 O centro de Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
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4/27 Stephanie Manchado Pereira (à dir) e Rafaella Cunha (à esq), estudantes da universidade de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
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5/27 Estudantes na faculdade de direito de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
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6/27 Christiana Braga com os filhos em Lisboa, onde é empresária (Caio Guatelli/VEJA)
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7/27 Prédios em uma rua de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
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8/27 O Castelo de São Jorge (Caio Guatelli/VEJA)
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9/27 Bruno Baldissara, Uber em Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
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10/27 Luciano Blandy, com a mulher Monica e a filha Julia. A família deixou Santos para tentar empreender com um café em Braga (Caio Guatelli/VEJA)
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11/27 O centro de Porto (Caio Guatelli/VEJA)
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12/27 Estudantes portugueses sobem a Escadaria Monumental da universidade de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
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13/27 Filipe, chefe de cozinha em Porto (Caio Guatelli/VEJA)
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14/27 Alfama, bairro de Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
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15/27 Estudante toca a viola de coimbra durante serenata em parque próximo à universidade de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
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16/27 A região de Cascais em Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
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17/27 Henrique Motta, engenheiro no Brasil, garçom em Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
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18/27 Rua do bairro Alfama, em Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
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19/27 Rapazes jogam futebol no miradouro Portas do Sol, em Lisboa (Caio Guatelli)
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20/27 A escadaria do Santuário de Bom Jesus do Monte é refletida em vidro da igreja (Caio Guatelli/VEJA)
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21/27 O centro de Braga (Caio Guatelli/VEJA)
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22/27 Loris Rodriguez em conjunto habitacional em região periférica de Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
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23/27 Carol e seu golden retriever Tom em Cascais (Caio Guatelli/VEJA)
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24/27 A escadaria do Santuário de Bom Jesus do Monte (Caio Guatelli/VEJA)
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25/27 Vitrine de loja de rua de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
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26/27 Estudante na faculdade de direito de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
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27/27 Clara, estudante de jornalismo da faculdade de Coimbra (Caio Guatelli/VEJA)
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1/27 Pedro Costa, a mulher Fernanda e a filha, Maria Laura, no Castelo de São Jorge, Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
Pelo paço da Universidade de Coimbra, fundada em 1290, passaram reis da primeira dinastia de Portugal e grandes nomes da história do Brasil, como José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência. Hoje, dos mais de 20 000 estudantes de uniformes impecáveis, cobertos por capas pretas, cerca de 10% são brasileiros, o mesmo percentual de todos os demais estrangeiros matriculados – um número que cresceu desde que o Enem passou a ser aceito como vestibular em uma série de universidades do país.
Representantes das classes média ou alta, esses jovens são a cara da nova onda migratória brasileira rumo ao país ibérico. Há espaço para muitos perfis: aposentados, estudantes, investidores de pequena ou de grande monta. Morar em Portugal se tornou um sonho para muitos paulistas, cariocas, pernambucanos, que trabalham em diversas ocupações, da Netflix ao Uber.
É um fluxo semelhante ao que invadiu Miami anos atrás pela porta da frente: imigrantes com documentação legal e, em muitos casos, com dinheiro para comprar imóveis e desfrutar uma boa vida na nova pátria. “Na virada do século a leva de imigrantes era de trabalhadores da construção civil ou no atendimento em restaurantes. Hoje, o perfil educacional é mais elevado”, diz João Peixoto, professor de sociologia e demografia da Universidade de Lisboa.
Tal como ocorreu em Miami, trata-se de um movimento ainda com pouco impacto demográfico sobre o total de brasileiros que vivem no país ibérico. Em 2016, eram cerca de 85 000, ou pouco mais de 21% dos estrangeiros legais no pequeno país de 10 milhões de habitantes. A quantidade, portanto, não é muito expressiva, mas representa um fenômeno do ponto de vista econômico. As remessas feitas do Brasil para Portugal passaram de 55,6 milhões de dólares, em 2014, para 71,1 milhões, em 2016. Isso porque os novos moradores continuam recebendo proventos do Brasil, sejam de empresas, sejam de imóveis ou aposentadoria.
Reportagem especial desta semana explica esse fenômeno e narra a experiência de quem se deu bem ou se frustrou com a viagem. Também explica como os serviços públicos e a segurança compensam, para os felizes, o fato de não se tratar, ao menos hoje em dia, de uma terra para juntar dinheiro e ter um altíssimo padrão de vida.